Antes de mais nada, o Vasco venceu apenas três dos últimos 21 jogos que disputou. E embora o número por si só já preocupe, o cenário se agrava quando se observa os detalhes dessas vitórias e o desempenho ofensivo recente do time comandado pelo técnico Fernando Diniz.
Os triunfos foram sobre Fortaleza, Melgar e São Paulo. Porém, todos esses adversários enfrentaram crises logo após os confrontos com o Gigante da Colina. Fortaleza e São Paulo demitiram seus treinadores, enquanto o Melgar venceu apenas dois dos sete jogos que disputou desde então.
Nos últimos quatro compromissos, por exemplo, o Vasco finalizou 84 vezes. Dessas, apenas 22 tentativas acertaram a direção do gol. O mais alarmante? Foram apenas três gols marcados no período — um aproveitamento de cerca de 3,5%.
Para um time que ainda busca consistência na temporada, os números escancaram um problema urgente. A pressão sobre o elenco e a comissão técnica, orientada por Fernando Diniz após ter sido Fábio Carille a assumir o comando da equipe no arranque, cresce a cada rodada.
Ainda que o volume de jogo esteja presente, a falta de efetividade nas conclusões tem custado pontos preciosos. O time até consegue criar, mas esbarra na última decisão. E agora as atenções do torcedor se voltam para o artilheiro da equipe: Pablo Vegetti.
Pablo Vegetti lidera nos gols mas time não acompanha
Antes de tudo, a oscilação de desempenho e a instabilidade emocional do time vêm pesando. A necessidade de reação é clara. O Vasco precisa urgentemente transformar a posse de bola em chances reais e as oportunidades em gols.
Pablo Vegetti tem liderado o time em gols, com 20 já apontados, mas todos os restantes artilheiros do time fizeram menos de 10 gols: Rayan (7), Philippe Coutinho (5) e Nuno Moreira (5). Ou seja, o \”Pirata\” tem estado demasiado sozinho na responsabilidade de fazer o gol mexer.
Para além disso, ele tem apenas um gol nos últimos seis jogos. Tudo, claro, pesa no desempenho da equipe. Desse modo, o Vasco terá que mostrar evolução imediata. A sequência da temporada pode ser decisiva para o futuro do clube — e para evitar que o abismo entre desempenho e resultado continue a crescer.
André Freixo, enviado especial da Agência RTI Esporte, direto de Portugal